Foto: Dandara Flores Aranguiz (Especial/Diário)
Militantes petistas e manifestantes contrários a Lula lotaram o plenário para acompanhar votação de moção polêmica
A votação da moção de repúdio ao PT, que acabou suspensa para evitar confronto, nesta quinta-feira, na Câmara, dá uma ideia do quanto os ânimos estão acirrados no país. A proposta do vereador Admar Pozzobom (PSDB) e mais 10 parlamentares repudia o partido de Lula por trazer o ex-presidente a Santa Maria, na próxima semana, na caravana que percorrerá outras nove cidades gaúchas.
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O confronto ideológico, de ambos os lados, por muito pouco não acabou em agressão física e só trouxe transtornos e constrangimentos. Primeiro porque a moção entrou em pauta justamente no dia em que a Câmara realizaria uma sessão fora de sua sede, em homenagem à Escola Estadual Nova Santa Marta.
O bom senso recomendaria que ela não entrasse em votação nessa sessão que seria realizada em um bairro que é reduto petista e onde Lula irá discursar. Constrangida, a direção da instituição que seria homenageada se viu obrigada a pedir o cancelamento da sessão para evitar, quem sabe, um quebra-quebra ou briga generalizada. O PT prometeu lotar a escola para protestar.
A sessão voltou a ser realizada na sede da Câmara, sem a votação. Ao tentar defender sua proposição, Admar foi vaiado e não conseguiu se manifestar. A sessão foi interrompida três vezes até ser encerrada.
Sucessão de equívocos
- O repúdio a um partido, com quatro vereadores na Casa, soou como provocação
- Outro erro: colocar a proposta na ordem do dia de ontem, data em que estava marcada sessão externa na Escola Santa Marta, reduto de Lula
- O tom de confronto nos discursos de petistas e antipetistas foi marcado pela intolerância, que inclusive impossibilitou um vereador de defender seu ponto de vista
- Quem garante que não haverá tumultos na próxima terça-feira, data em que Lula estará na cidade e que a moção será votada?
- A Câmara não tem temas mais importantes para tratar?
- O radicalismo, dos dois lados, não serve apenas para incitar o ódio na política?
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